Não vendo estrelas

Não vendo estrelas nem fabrico moedas.
Seus dias cinzas acabarão, junto com você.
Sua produção de mentiras e egoísmo estão se esgotando,
assim como aquele Deus está caindo no histórico esquecimento.
Não adianta desejar o fracasso alheio para sagrar-se vencedor,
nem desejar o fim da vida dos outros para vender flores.
O sorriso doente e falso não ilumina o dia escuro,
nem disfarça a cicatriz aberta, causada pelo cansaço.
Acariciamos nossa própria vontade de ser alguém,
esquecendo que alguém, é todo mundo, e todo mundo é ninguém.
Que caia sobre nossos pés nossa fama;
Que se quebrem nossas estátuas de louvor incrédulo;
Que queime nossa ânsia de tentar ser, ter, possuir.
Desconsertar o incorrigível, quebrar o inconsertável,
destruir o já destruído.
Essa é nossa concepção do mundo,
nossa tática de desculpar-se pelo idesculpável.
Essa é a suprema espécie que nós chamamos
de seres HUMANOS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário