O dia

Janela

As janelas estavam abertas e o dia estava lá fora
Sentado nas calçadas descalças.
Olhando para os olhares de olhos que ainda fechados,
procuram cálices de sorrisos servidos em seias fartas.
Que escondem-se para deteriorar a fome sentida.
O dia que chegou após a noite anoitecida e calada, sozinha.
Está em todos os cantos tendo seus momentos consumidos,
Tecidos em constantes desabafos, gritos, silêncios e dúvidas.
Mas ele está lá...
Nos caminhos retos dos passos tortos,
Nos ombros cansados,
Nas ruas desertas,
Nas pequenas multidões...
Durante milhões de anos ele foi e voltou,
Teve nomes e foi classificado,
Dias, meses, anos...
E novos dias nasceram iguais, e morreram iguais.
Mas, novamente as janelas estão abertas e ele está lá fora
Sentado nas calçadas descalças...
E assim ele passa, com pressa para alguns.
Sem pressa para outros, mas ele passa.
E mesmo passando com tanta frequência diante de nossos olhos,
muitas vezes nem percebemos...

3 comentários:

  1. Olá!
    Até que enfim,rsrs
    Muito legal,
    Valeu a pena esperar.
    Parabéns!
    Boa noite.

    ResponderExcluir
  2. ... cálices de sorrisos servidos em seias fartas! Seria bom, participar de seias como esta, todos os dias.

    Abraços

    ResponderExcluir
  3. Olá,

    Lindo texto p/ valorizarmos cada segundo de nossos dias.

    Parabéns pelo blog.

    ResponderExcluir