Janela
As janelas estavam abertas e o dia estava lá fora
Sentado nas calçadas descalças.
Olhando para os olhares de olhos que ainda fechados,
procuram cálices de sorrisos servidos em seias fartas.
Que escondem-se para deteriorar a fome sentida.
O dia que chegou após a noite anoitecida e calada, sozinha.
Está em todos os cantos tendo seus momentos consumidos,
Tecidos em constantes desabafos, gritos, silêncios e dúvidas.
Mas ele está lá...
Nos caminhos retos dos passos tortos,
Nos ombros cansados,
Nas ruas desertas,
Nas pequenas multidões...
Durante milhões de anos ele foi e voltou,
Teve nomes e foi classificado,
Dias, meses, anos...
E novos dias nasceram iguais, e morreram iguais.
Mas, novamente as janelas estão abertas e ele está lá fora
Sentado nas calçadas descalças...
E assim ele passa, com pressa para alguns.
Sem pressa para outros, mas ele passa.
E mesmo passando com tanta frequência diante de nossos olhos,
muitas vezes nem percebemos...
Olá!
ResponderExcluirAté que enfim,rsrs
Muito legal,
Valeu a pena esperar.
Parabéns!
Boa noite.
... cálices de sorrisos servidos em seias fartas! Seria bom, participar de seias como esta, todos os dias.
ResponderExcluirAbraços
Olá,
ResponderExcluirLindo texto p/ valorizarmos cada segundo de nossos dias.
Parabéns pelo blog.